domingo, 31 de janeiro de 2010

dizer mal de quem não suportamos. dizer bem dos que adoramos. rir às gargalhadas. andar a saltitar de um lado para o outro para apanhar o quentinho do Sol. relembrar os velhos tempos. celebrar os novos. perguntar uma à outra porque é que ela ainda não arranjou um gajo novo, e mandar a que perguntou a um sítio. gozar e ser gozada. andar às voltas na livraria. dizer "tenho saudades tuas" e saber que o sentimento é recíproco.
a maior parte das vezes, não suporto estar errada. desta vez, não podia estar mais aliviada. parece que, afinal, és mesmo a minha melhor amiga.
(yeah, i'm a lucky biotch)
e, quando for grande, quero ser como a Keira. aqui fica a nota

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

as pessoas não deveriam poder dizer "desculpa" como se de um trapo velho se tratasse; perde todo o significado por detrás da fonética e dos traços. só se deveria poder dizer "desculpa" umas poucas dezenas de vezes na vida, para os casos em que se precisa de um remate final no perdão e não de um penso rápido - e, mesmo assim, umas poucas dezenas de vezes não chegariam para tanto disparate criado por nós mesmos.
(atarefadíssima, seja de manhã, noite, seja segunda-feira ou domingo. sim, a vida é uma pêga, mas eu gosto. para finalizar, a todos os que ainda não leram O Perfume de Patrick Suskind: nem sabem o que perdem. é incrível como há tanta coisa a ser dita acerca de cheiros, e como estes podem dizer tanta coisa acerca de nós e do mundo)

domingo, 17 de janeiro de 2010

"May you build a ladder to the stars and climb on every rung. May you stay forever young."

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

ano novo, vida velha. se não, vejamos:
- continuo a ter saudades
- continuo à espera

- continuo preguiçosa, e algo croma, e algo arrogante, e algo softie, e algo sonhadora, e algo esperançosa
- ainda não sei espirrar como deve ser
- ainda não sei falar alemão, nem japonês, nem sou fluente a francês
- ainda não tive oportunidade de aprender a tocar violino
- ainda não me mentalizei de que somos nós quem cria as nossas oportunidades, porque ainda sou preguiçosa
- ainda tenho mais medo de que me magoem do que de me atirar de um trampolim e de me espetar contra o colchão como um mosquito contra o pára-brisas do carro (ainda hoje aconteceu; não sentia o nariz, mas não consegui evitar rir-me às gargalhadas)
- ainda não imprimi os textos e as fotografias que devia
- entre outros.
no fundo, a vida não se conta pelos anos, conta-se pelas experiências. e eu ainda tenho tanto por viver, caraças.

não era giro se chovessem M&Ms, para variar um pouco o cinzento todo? eu sou uma adepta das tradicionais tardes passadas debaixo de uma mantinha fofinha, a ler, ouvir música e a olhar para a chuva lá fora de vez em quando. também sou uma adepta de manhãs frias e sombrias e de tardes passadas à chuva.
mas um pouco de cor era merecido, caramba, tendo em conta que o Apocalipse parece ter chegado de vez. se alguém se quiser armar em cientista do filme Cloudy With A Chance Of Meatballs, esteja à vontade para nos pôr a comer M&Ms à borla (e carbonara, e pasta al pesto, e chocolate, e marisco, e chocolate, e bifes à café, e chocolate...)


ninguém diria que acabei de jantar, credo.

domingo, 10 de janeiro de 2010

terminei por fim o meu ritual de domingos à noite: actualizar o meu I-Pod. entre várias músicas, copiei o Pieces Of Me da Ashlee Simpson, música essa que descansa nas entranhas do meu disco rígido desde os meus tempos de 8º ano, quando era doida por pessoas e quando as pessoas eram doidas por mim. agora, depois de tanta coisa, já não ligo assim tanto a pessoas, só a algumas.
anyway; eu sei que a música da AS é lixo comercial, que não passa do reflexo de uma sociedade sem identidade ou carácter e que se contenta com pouco, por assim dizer - o bubblegum pop no seu melhor, afinal de contas. mas um pouco de optimismo, por mais insípido que possa ser, nunca fez mal a ninguém, tenham santa paciência (disse ela a si própria)
ter ciúmes é das piores sensações de sempre
(é que nem dá para os controlar. oh, claro que podes dizer a ti mesma "é estúpido quereres X só para ti, devias ter vergonha, és odiosa" e tudo o mais, mas não funciona; continuas a ter uma sensação esquisita no estômago de cada vez que pensas em X e no que quer que seja que to está a "roubar". Argh)

consegui ler Os Maias nestas férias de Natal, e hoje estive a pensar numa coisa: quando o Carlos da Maia apostou no cavalo fraco de uma corrida, toda a gente, é claro, apostou no cavalo mais forte. O cavalo fraquito e novato acabou por ganhar a corrida e o Carlos ganhou uma pequena fortuna; uma senhora francesa, lixada da vida, disse-lhe "já sabes o que se diz: sorte ao jogo..."...

e não é que a senhora francesa acabou por ter razão?
(just saying...)
Não me dou bem com planos e, no entanto, passo a vida a fazê-los, e a esperar pacientemente pela sua realização. Porque sou uma pessoa paciente para planos, não sou é para pessoas - mas isso já são outras águas.
O que se passa é que eu sei aguardar; mas não sei cumprir o que quero. É que, durante a espera, congemino, idealizo, arquitecto, volto a congeminar com uma paixão gigantesca e, quando chega a altura, já só restam cinzas. Já não sei o que queria no início, ou a razão porque tal era tão importante para mim. Sou uma pessoa de fases, de caprichos, de vontades incontroláveis que, quando realizadas, perdem toda a piada e são deixadas para trás. Pode-se dizer que não levo a vida a sério o suficiente; e isso explica imensa coisa.

"Yeah love is the king of the beasts

And when it gets hungry it must kill to eat"

sábado, 9 de janeiro de 2010

No Pants!

(estou tentada a fazer a viagem para Lisboa de propósito e mandar o meu sagrado sono dar uma curva de forma a poder rir-me um bocadinho. Só gostava de saber porquê no Inverno-mais-rigoroso-de-há-não-sei-quantas-eras e não no Verão-mais-seco-de-sempre, que também há-de ser este ano. Enfim; pormenores.)

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

hoje vieram ter comigo e perguntaram-me, "quais são os livros que, na tua opinião, uma pessoa deve mesmo ler na vida para se considerar minimamente culta?"
pensei durante um bocadinho, atarantada, e lá fui mandando palpites para o ar. mencionei livros que nunca li na vida, e cheguei à conclusão de que passei cerca de dez anos a ler mas que ainda não li um décimo daquilo que gostava de ter lido. só de pensar nisso fiquei cansada; é melhor começar já. se alguém souber de uma livraria que venda a Divina Comédia de Dante, agradecia a informação.
suponho que ter aulas de filosofia para mim é o mesmo que correr durante imenso tempo enquanto puxo por tudo quanto posso dar ao caminho. é que saio da sala com uma adrenalina do caraças, com o coração a bater rápido, rápido, e com um cérebro inquieto e excitado por o terem posto a duvidar e a desafiar aquilo que outros tomam como certo. é um anti-stress excelente, acreditem. nem sei como há colegas meus que acham aquilo aborrecido - mas esses são os génios da matemática e etc, pelo que, ainda assim, os invejo.
concluindo: obrigada, filosofia, por me tirares um peso de cima das costas - és realmente a palavra mais bonita do meu horário.

(gilmore girls está na Sic Mulher, altamente. nunca tinha apanhado o início da série, e a Rory pré-universidade é tão fofinha)

domingo, 3 de janeiro de 2010

deux choses

transformers é dos piores filmes em que eu já pus a vista em cima (e eu já vi muita mixórdia sem jeito, pelo que é dizer muito).
amanhã recomeça a puta da loucura. freddie nos dê uma mãozinha a todos.
"Quão estranho ver um mortal crescer
Sem vacilar de dia para dia.
Sabendo que as suas almas brilhantes são centelhas
E que o vento chegará.
Quem me dera poder ceder o meu fogo.
O que significa o tremer da tua chama?"


O Nome do Vento de Patrick Rothfuss



passava a vida a viajar, se pudesse. fui mesmo feita para estar num carro, num barco, num comboio, num avião, e para ficar horas a olhar pela janela, à espera nem eu sei bem de quê. da adrenalina de estar num sítio completamente novo, à espera de ser explorado? da próxima vez em que fitarei o mundo por uma janela pequenina com o coração cheio e com o corpo embalado pela trajectória? dos dois, talvez; é que sabem tão bem.
(o mundo não parece tão mau quando o vemos todo, sabes? é por isso que não vou ficar cá, nem lá. vou estar em todo o lado, durante muito tempo)

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

sabem aqueles barretes peruanos? tambem ja tenho um, deu a M., que ja nao via ha cerca de um mes. deve ser a primeira vez desde ha anos que me vou render a uma moda (desde a moda das jardineiras, se bem me lembro), e nao me arrependo. para alem de ter sido oferecido por quem foi, e tao, mas tao quentinho.


Diz que andei desaparecida e que assim permanecerei ate domingo ou segunda-feira proxima. a minha vida tem sido acordar as sete da manha daqui, ir para a escola de ski de manhanzinha la nas montanhas (com miudos de seis, cinco anos de idade, hell yeah - mas sao taaaoo fofinhos), ir fazer ski com o pai e o irmao presuncoso depois do almoco ("a Ines nao sabe esquiar, eu sou o melhor da familia, yada yada" - grrrr, btw) e voltar a casa estafada, pronta para um banhinho e caminha. Hoje tive um instrutor diferente, muito giro, muito simpatico, mais novo do que o primeiro e que me ensinou a dizer "leao" em linguagem gestual - algo engracado, ja agora. Perguntou-me se ontem eu tinha ido a uma festa, ao que eu, muito pateticamente, respondi que nao, que tinha adormecido (me oh so lame, I know). Este ano, nem sequer fiz a minha lista de resolucoes do costume - cheguei a conclusao de que prefiro nadar com a corrente, como Peixes orgulhosa que sou, e esperar pelo melhor.

Anyway, espero que se tenham divertido e descansado muito nestas mini mini ferias. Nao liguem a falta de acentos - o teclado do meu pai e uma coisinha retardada.


Bisous bisous :)